Como evitar desperdícios no setor logístico de alimentos e bebidas?

No Supply Chain, cada etapa é importante para a chegada do produto ao consumidor final. No setor alimentício, no entanto, algumas especificidades exigem um tratamento diferenciado, visando evitar o desperdício.

Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), realizado em 2022, afirmou que do total de alimentos desperdiçados, 60% aconteceram no âmbito doméstico, com os serviços de alimentação responsáveis por 28% e o varejo por 12%.

Diante desse cenário, o setor da logística tem se mobilizado para criar novas estratégias que diminuam o descarte de alimentos. Mas, para isso, algumas etapas do processo demandam ainda mais cuidado.

Pensando nisso, o blog da Expply preparou esse texto para você compreender mais sobre a importância de uma boa gestão de estoque para evitar desperdícios no setor alimentício. Confira! 

Perecibilidade e validade

Alimentos e bebidas têm uma característica que os torna especialmente sensíveis: o prazo de validade.

Problemas simples como um mau armazenamento de um lote, transportes em condições inadequadas e até um controle falho de datas de vencimento podem acarretar o descarte de milhares de produtos em pouco tempo.

Para minimizar esses erros, estratégias como FIFO (First In, First Out) e FEFO (First Expired, First Out) são muito importantes. Em tradução para o português, a  primeira significa “primeiro a chegar, primeiro a sair”. Ou seja, a técnica garante que os primeiros a entrar no estoque sejam os primeiros a sair.

Já a tecnologia FEFO tem um princípio um pouco diferente e essencial para o setor alimentício. Esse método prioriza os produtos que estão mais próximos da data de vencimento, assim nada é deixado para trás dentro dos centros de distribuição e armazéns.

Além desses mecanismos de logística, tecnologias mais avançadas também são necessárias nesse ramo, como o monitoramento de temperatura, umidade e até o uso de embalagens inteligentes. Para setores de alimentos congelados e bebidas, essas técnicas são indispensáveis, já que permitem acompanhar a condição dos produtos em tempo real, reduzindo os erros.

Planejamento de compras e fluxo de caixa

Como vimos, todas as etapas têm relevância para a entrega do produto ao consumidor final. Já no momento da aquisição de insumos e produtos um problema pode afetar toda a cadeia de produção: o planejamento de compras falho.

Ainda que pareça algo simples, diversas empresas adquirem insumos em excesso ou em quantidade insuficiente, o que leva ao desperdício de mercadorias ou a ruptura de estoque.

A logística voltada para o setor de alimentos precisa levar em conta a sazonalidade dos produtos e os hábitos de consumo. Afinal, restaurantes, supermercados e indústrias precisam de determinados itens em maior volume de acordo com a época do ano.

Outro aspecto importante é o fluxo de caixa, que impacta diretamente no capital de giro. Uma logística bem organizada tem o papel de equilibrar o volume de compras com a velocidade das vendas, garantindo maior flexibilidade financeira para a empresa. 

Para conseguir esse resultado, a logística tem a função de integrar dados de fornecedores, distribuidores e pontos de venda para ajustar o abastecimento à realidade do mercado.

Giro de Estoque e Curva ABC

Ainda nesse contexto, outras duas medições precisam de atenção: o giro de estoque e a Curva ABC. O primeiro é uma técnica simples que permite a identificação dos produtos que circulam mais rapidamente e os que ficam parados por mais tempo.

Já a Curva ABC é uma classificação dos insumos que facilita ainda mais o manejo e a distribuição adequada dos itens. Basicamente, a Curva ABC funciona da seguinte maneira:

  • A: produtos de alto valor ou grande importância, que precisam de monitoramento constante;
  • B: itens intermediários, com giro relevante, mas menor impacto financeiro;
  • C: produtos de baixo valor ou demanda esporádica.

No ramo de alimentos e bebidas, essa divisão permite que o gestor priorize recursos. Na categoria A, estão produtos de custo mais alto, como carnes e laticínios, que requerem maior atenção para armazenagem e distribuição.

Enquanto isso, itens da categoria C demandam menos cautela e, por isso, podem ser adquiridos em menor quantidade, sem comprometer o fluxo da operação.

Combinando esses dois fatores, as empresas conseguem estabelecer uma cadeia de produção mais organizada e eficiente, reduzindo desperdícios e perdas.

Ferramentas de tecnologia

À medida que novas tecnologias surgem e se desenvolvem, a logística também evolui. O mercado conta com diversas soluções que integram e facilitam o caminho dos produtos dentro do supply chain. Entre as mais relevantes estão:

  • Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning): integram dados financeiros, de compras, vendas e estoque em uma única plataforma, oferecendo visão ampla da operação;
  • WMS (Warehouse Management System): voltado para o gerenciamento de armazéns, ajuda a controlar a movimentação, a armazenagem e a separação de produtos com mais precisão;
  • TMS (Transportation Management System): otimiza rotas, acompanha entregas em tempo real e garante maior eficiência no transporte de alimentos perecíveis
  • IoT (Internet das Coisas): sensores conectados permitem monitorar temperatura, umidade e localização, garantindo que os alimentos sejam transportados e armazenados dentro das condições ideais.

Na Expply, a logística deixa de ser problema e se torna solução!

Na Expply, sabemos que a logística para o setor de alimentos e bebidas demanda ainda mais processos do que ramos mais tradicionais devido aos prazos de validade e às técnicas de armazenagem.

Com expertise e experiência atendendo empresas como a Oakberry, nossas soluções combinam eficiência e inovação. Com inteligência e ferramentas de última geração, garantimos estoques equilibrados, redução de desperdícios e previsibilidade em toda a cadeia de suprimentos.

Para empresas que priorizam a redução de desperdício e a otimização de recursos, a Expply está pronta para ser sua parceira estratégica.

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